quarta-feira, 13 de junho de 2007


  • Sobre “O Sorriso de Monalisa”, que eu ainda não havia assistido e que gostei muito, o que mais me chamou a atenção no filme foi a coragem da professora Katherine, que, com suas idéias inovadoras, provoca uma revolução na vida de suas alunas, colocando em risco seu próprio cargo, ao contrariar determinações da direção de uma tradicional instituição de ensino para moças, nos anos 50. Já naquela época, a professora se vê obrigada a encontrar novos caminhos e opções, em termos de didática, buscando através de suas aulas preparar suas alunas para enfrentar a dura realidade da vida.
  • Observando bem a trama do filme, podemos traçar um paralelo entre o papel do professor daquela época com o professor do século XXI, onde este forçosamente se vê na obrigação de encontrar variações didáticas harmoniosas que possam trazer resultados positivos na transferência de conhecimento e ao mesmo tempo “prender” a atenção de seus alunos. Este foi o tema da nossa última e agradável aula, por sinal como sempre transmitida de forma brilhante pela nossa professora, e me fez refletir sobre o importante papel do educador na vida de nossos filhos. O caso é sério! Em suas mãos está o futuro das pessoas que nos são mais caras. De suas atitudes em sala de aula dependem a formação do caráter das pessoas que mais amamos e que de uma forma ou de outra conduzirão os destinos deste País.

  • A propósito, compartilho com vocês o artigo abaixo, que chegou em minhas mãos em momento tão oportuno e que trata exatamente do papel do educador e de como deve ser o seu comportamento em sala de aula.
  • Não tenham preguiça, pois é uma leitura, simples, direta e agradável, além de enriquecedora. Parabéns ao autor!
Educar o educador
José Manuel Moran
Diretor Acadêmico da Faculdade Sumaré-SP e Assessor do Ministério de Educação para avaliação de cursos a distância
  • De um professor espera-se, em primeiro lugar, que seja competente na sua especialidade, que conheça a matéria, que esteja atualizado. Em segundo lugar, que saiba comunicar-se com os seus alunos, motivá-los, explicar o conteúdo, manter o grupo atento, entrosado, cooperativo, produtivo.
  • Muitos se satisfazem em ser competentes no conteúdo de ensino, em dominar determinada área de conhecimento e em aprimorar-se nas técnicas de comunicação desse conteúdo. São os professores bem preparados, que prestam um serviço importante socialmente em troca de uma remuneração, em geral, mais baixa do que alta.
  • Na educação, escolar ou empresarial, precisamos de pessoas que sejam competentes em determinadas áreas de conhecimento, em comunicar esse conteúdo aos seus alunos, mas também que saibam interagir de forma mais rica, profunda, vivencial, facilitando a compreensão e a prática de formas autênticas de viver, de sentir, de aprender, de comunicar-se.
  • Ao educar facilitamos, num clima de confiança, interações pessoais e grupais que ultrapassam o conteúdo para, através dele, ajudar a construir um referencial rico de conhecimento, de emoções e de práticas.
  • As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar.
  • Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos.
  • Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se. São um poço inesgotável de descobertas.
  • Enquanto isso, boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; repete fórmulas, sínteses.
  • O contato com educadores entusiasmados atrai, contagia, estimula, os torna próximos da maior parte dos alunos. Mesmo que não concordemos com todas as suas idéias, os respeitamos.
  • As primeiras reações que o bom professor e educador despertam no aluno são a confiança, a admiração e o entusiasmo. Isso facilita enormemente o processo de ensino-aprendizagem.
  • As mudanças na educação dependem também de termos administradores, diretores e coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apóiem os professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação.
  • As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos, motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador.
  • Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apóiam as mudanças, que estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos, aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais produtivas.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Amélia, Paulinha, vocês foram uns amores!
Obrigada pela paciência!
Sei que ainda tenho muito que aprender, mas já me sinto uma vitoriosa.
Me aguardem!
O texto Criando Oportunidades de Aprendizagem Continuada ao Longo da Vida, de José Armando Valente (Unicamp), faz uma análise das diferentes predisposições de aprendizagem e a maneira mais adequada de desenvolvê-las. O texto é interessante e dele eu ressalto a seguinte afirmação: “A escola está se tornando um buraco negro na vida das pessoas, consumindo um tempo significativo da vida delas e não conseguindo contribuir para o preparo de cidadãos para a sociedade do conhecimento”. Será verdade? Vale a pena refletirmos sobre a questão.